Como é ser mulher e viver seus diversos papéis com equilíbrio e saúde mental. Abordaremos também a necessidade de obter ajuda para se viver bem.
Como é ser mulher? Muitas são as facetas dessa que é mulher! Filha, mãe, amiga, profissional, esposa ou namorada, irmã, tia, madrinha e MULHER. Muitas vezes é difícil parar no dia a dia e olhar para si, para seus desejos e necessidades. Muitas vezes se doa tanto, que raramente encontra um tempo para si, para pensar no que lhe faz bem.
Quando se pergunta a essa mulher: – “O que você gosta de fazer para si mesma? Ah? Pra mim?Não sei, nem penso nisso!” – Ela consegue discorrer sobre o que seus filhos gostam, sobre o hobby preferido do marido, das preferências da mãe e do pai. Conhece os brinquedos que os afilhados mais ama, sabe a cafeteria que as amigas mais gostam. Mas o que mais gosta, tem dificuldade em reconhecer, afinal, dar atenção ao outro sempre foi muito natural e importante, muitas vezes a única prioridade.
Na profissão, sempre em busca de se desenvolver, afinal o trabalho requer competências e habilidades novas para seguir na rapidez que os processos exigem. Os filhos sempre trazem assuntos novos e para acompanhá-los é preciso se atualizar. Como dar conta de tudo isso e ainda ficar bem?
Sabe que precisa se exercitar, se alimentar bem, ter sono de qualidade e bons relacionamentos, mas como? Como dar conta de tudo isso? A autocobrança é muitas vezes o que mais ecoa dentro de si, e isso gera um incômodo constante e se torna cansativo, às vezes exaustivo.
Sim, é preciso rever suas práticas, considerar todos os seus papéis e priorizar a si mesmo, o papel principal que é SER – como ser para o outro sem ser para si mesma? É tempo de rever as práticas, de reconhecer o que é prioridade e aprender a se organizar melhor dentro das horas que o dia tem, organizar as atividades, planejar, delegar, pedir ajuda, abrir mão. Isso é fácil? Não, mas é possível e urgente, para que haja saúde e qualidade de vida.
Uma das coisas mais difíceis pode ser “abrir mão”, abrir mão de ser perfeita, de ser polivalente, de ser necessária. Você não será menos importante por se priorizar, se cuidar, se sentir bem! Lembre-se que, inclusive, é preciso estar bem para dar o melhor a si mesma e aos outros, àqueles que lhe são importantes.
Pode ser que você precise de ajuda para se reconhecer importante e se perceber como prioridade. Para aprender a se organizar no dia a dia, em suas tantas atividades, reconhecer que precisa de ajuda é o primeiro e maior passo da caminhada. Ouse olhar para dentro de si, a perceber como se sente com a vida que tem levado e desejar viver melhor, é possível e acessível.
Permita-se se cuidar, descansar, se alimentar com calma, tomar um banho sozinha com a porta do banheiro fechada e atenta aos detalhes desse momento. Esteja presente em cada atividade do dia, faça uma coisa de cada vez e viva um dia de cada vez. Amanhã tem mais, sempre!
Marilia Pena
CRP 16/6056